O presidente do Brasil, Michel Temer, foi submetido a um tratamento cirúrgico no Hospital Sírio Libanês para desobstrução das vias urinárias devido a uma hiperplasia prostática benigna (HPB). Esta condição é muito comum e atinge milhões de brasileiros.

A próstata é uma glândula que envolve a uretra e o seu crescimento é comum após os 40 anos. Este crescimento acarreta dificuldade no esvaziamento da bexiga levando o paciente a apresentar sinais e sintomas como:

• jato urinário fraco, ou intermitente
• gotejamento terminal
• aumento do resíduo urinário após o término da micção
• aumento da frequência urinária
• urgência miccional (necessidade de correr para o banheiro)
• noctúria (necessidade de acordar à noite para urinar)

Aos 80 anos de idade, aproximadamente 80% dos homens serão portadores desta doença e muitos precisarão de tratamento. Este, pode ser realizado com medicações ou com cirurgia.

As medicações são eficazes e melhoram muito a qualidade da micção atuando de duas formas: relaxando a musculatura da próstata e diminuindo o seu volume. Nos casos em que não há melhora dos sintomas com as  medicações ou o paciente apresenta complicações como retenção urinária, cálculos na bexiga ou hematúria (sangramento na urina), a cirurgia é necessária.

A cirurgia para desobstrução urinária mais realizada é a ressecção transuretral (RTU) de próstata (também conhecida como “raspagem prostática”). Neste procedimento, uma câmera é introduzida através da uretra e uma alça realiza a desobstrução da próstata. Normalmente, são necessários 2 dias de internação até que o sangramento cesse e o paciente possa ter alta hospitalar já sem a sonda uretral.