O câncer de próstata é a neoplasia mais comum do homem após os 50 anos de idade. Aproximadamente 25% dos tumores malignos nessa população, são provenientes da próstata. E por isso, muito estudos são desenvolvidos com o intuito de melhorarmos a acurácia no diagnóstico e o tratamento.
Recentemente, houve uma grande discussão sobre a necessidade de se realizar o “screening” prostático, uma vez que pairava no ar uma dúvida quanto ao real benefício na diminuição da mortalidade pela doença. No entanto, hoje, essa discussão já ficou superada e sabemos que a avaliação anual é fundamental.
Existem muitas novidades nesta área, tanto para a realização do diagnóstico, para o tratamento cirúrgico e para o seu estadiamento.
DIANGÓSTICO
Ressonância Nuclear Magnética multiparamétrica da próstata – exame não invasivo que tem sido cada vez mais utilizado na tentativa de se evitar biópsias prostáticas desnecessárias. Permite que possamos ver lesões suspeitas de câncer e caso sejam encontradas, uma biópsia dirigida para essas áreas torna a biópsia mais precisa.
PET-CT com PSMA Ga68 – exame muito sensível para detectar lesões cancerígenas da próstata. Pode ser utilizado no estadiamento clínico da doença (estimativa da sua extensão) ou após o tratamento definitivo com cirurgia ou radioterapia quando há recidiva bioquímica (elevação dos valores do PSA). É um exame caro, que ainda não está no rol da ANS, mas já é utilizado amplamente em diversos centros de referência.
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Prostatectomia robótica – este método de tratamento consiste na remoção completa da próstata através de laparoscopia (pequenas incisões no abdome) com o auxílio do robô Da Vinci. Este robô não realiza nenhuma atividade sem o comando do cirurgião. Na verdade, ele é totalmente orientado pelo médico e tem como vantagens: melhor visualização das estruturas (com câmera 3D), diminuição dos tremores, pinças mais delicadas e articuladas (que permitem um grau de liberdade maior para o cirurgião) além do conforto para a realização da cirurgia com ergonomia. Após a cirurgia, há uma recuperação mais rápida do paciente e retorno mais precoce às suas atividades.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
Bloqueadores de receptores de andrógeno de terceira geração – a enzalutamida e a abiraterona são medicamentos modernos que estão se tornando uma opção a mais para o controle da doença metastática, antes da necessidade de quimioterapia. São drogas orais, bem toleradas pelos pacientes e de fácil manejo que possibilitaram estender a sobrevida dos pacientes com doença avançada. Muitos convênios já liberam a medicação para tratamento dos pacientes em seus domicílios.