Com a chegada das férias de verão e com elas uma maior exposição ao sol, fique atento: O câncer de pele é a neoplasia mais comum no Brasil e acomete principalmente pessoas com mais de 40 anos
Pessoas de pele, olhos e cabelos claros ou ruivos, sensíveis à radiação solar são as mais acometidas. Algumas doenças crônicas da pele também podem aumentar esse risco. A exposição solar frequente e sem proteção adequada é o principal fator associado ao câncer de pele.
A neoplasia de pele pode ser divida em 3 tipos principais:
Os dois primeiros são agrupados e chamados de “câncer de pele não-melanoma”. São os mais comuns, principalmente o tipo basocelular, e são também os menos agressivos. Já o melanoma é menos comum, mas pode apresentar comportamento mais agressivo, com surgimento mais frequente de metástases (disseminação para outras regiões).
São os tipos mais comuns e estão relacionados a exposição solar frequente e por longos períodos (anos ou décadas). Acometem mais comumente a região da face (basocelular) e lábios, couro cabeludo e dorso das mãos (epidermóide) e podem se apresentar como feridas que não cicatrizam, úlceras e nódulos. Muitas vezes, essas lesões não doem, não coçam e não mudam de aspecto. Não raro, alterações com anos de existência são diagnosticadas como câncer de pele.
São lesões escuras e estão relacionadas a exposição solar intensa e concentrada (queimaduras solares), mesmo que ocorridas há muitos anos ou décadas.
Podem surgir como novas lesões ou como alterações de sinais já existentes.
Assimetria: traçando-se uma linha imaginária no centro da lesão, as metades resultantes são diferentes.
Bordas irregulares: os limites da lesão não são lisos e regulares.
Coloração: a lesão apresenta mais de uma cor ou tons diferentes de uma mesma cor (marrom, preto, vermelho ou azul).
Diâmetro: o maior diâmetro da lesão tem mais do que 6 milímetros.
Evolução: crescimento, dor, coceira, sangramento de uma lesão antiga podem ser indicativos do surgimento da neoplasia.
Como boa parte dos tipos de neoplasia, o câncer de pele, seja melanoma ou não, pode ter boa evolução se diagnosticado de forma precoce. Qualquer alteração percebida na pele e que não desapareça em poucos dias deve ser mostrada ao Dermatologista ou ao Cirurgião Plástico de confiança.
O diagnóstico é principalmente clínico. Uma biópsia pode ser necessária para confirmação através de exame microscópico.
Confirmado pelo especialista o diagnóstico de câncer, o tratamento, em sua grande maioria, é cirúrgico. A retirada da(s) lesão(ōes) é o tratamento de escolha e, caso não haja comprometimento à distancia (metástases), essa retirada será suficiente para tratar a neoplasia de forma definitiva.
“É importante salientar que, ao contrário do que algumas pessoas pensam, operar uma lesão, seja nova ou antiga, não transforma aquela lesão em câncer ou faz com que ela se espalhe. O tratamento tem objetivo de cura.”
Lesões que sejam grandes e/ou que estejam localizadas em regiões mais delicadas como a face podem deixar alterações e deformidades resultantes do tratamento. O Cirurgião Plástico fará a remoção e o fechamento da melhor forma possível para evitar ou minimizar distorções da anatomia normal da região operada. Nos casos mais avançados ou agressivos, a presença de metástases pode requerer, além do tratamento cirúrgico para remoção da lesão inicial, a retirada e o tratamento complementar das lesões à distância.
O uso de protetores solares, e não bronzeador, óculos escuros, chapéus e roupas adequadas protegem a pele dos raios solares. Nos dias mais quentes e sempre após banho no mar ou piscina, deve-se reaplicar o protetor solar. Além disso, evitar a exposição nos horários de maior incidência, entre 10 da manhã e 4 da tarde, é a melhor forma de se proteger a pele das lesões causadas pelo sol. Pessoas que não se bronzeiam mas que se queimam com facilidade têm que ter atenção redobrada.Caso surjam alterações; a avaliação, diagnóstico e tratamento precoces trazem os melhores resultados possíveis nos casos de câncer de pele.