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Doenças Febre amarela

A Febre Amarela (FA) é uma doença viral aguda muito frequente na América do Sul e na África. No Brasil, ela ocorre em surtos com periodicidade irregular, sendo que o atual, vem desde o final do ano passado. Isso tem gerado muita preocupação na população.

Com a intenção de esclarecer as dúvidas mais frequentes, a Dra Taiana Cunha Ribeiro, infectologista da Vialiv explica:

 

1) Como é transmitida a doença? Quais as manifestações clínicas mais frequentes?

A Febre Amarela é uma doença causada por um vírus (gênero Flavivirus) e é transmitida por mosquitos do gênero Sabethes ou Haemagogus no ciclo silvestre e pelo Aedes aegypti no ciclo urbano. Os surtos recentes são exclusivamente de ciclo silvestre, no qual o mosquito se contamina com o vírus ao picar um macaco contaminado e transmite ao homem via picada.

Os sintomas da FA são variados e podem aparecer entre 3 a 6 (até 10 a 15) dias após a picada de um mosquito infectado. Metade das pessoas infectadas não apresenta nenhum sintoma; 20 a 30% apresentam sintomas leves a moderados: febre, dor de cabeça (cefaleia), dor no corpo (mialgia), enjôo (náusea) e/ou olhos e pele com cor amarelada (icterícia). A forma grave da doença ocorre em aproximadamente 20% das pessoas infectadas e cursa com piora dos sintomas da forma leve/moderada, associada a diminuição da quantidade de urina (oligúria) e/ou sangramentos (nasal e gengival são os mais comuns). A forma grave pode ter uma evolução letal.

 

2) A vacina é segura? É eficaz?

A vacinação contra Febre Amarela é a medida mais eficaz para controle da doença. É uma vacina produzida no Brasil e feita com vírus vivo atenuado (enfraquecido), o que possibilita efeitos colaterais, desde de dor e inchaço no local da aplicação, até uma forma semelhante à doença.

 

3) Para quem a vacina está indicada?

A vacina está indicada para pessoas moradoras de regiões de risco (todos os estados das regiões Norte e Centro-Oeste; Minas Gerais e Maranhão; alguns municípios dos estados do Piauí, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) e pessoas que viajarão para tais áreas.

Nos casos dos viajantes, a vacina deve ser tomada até 10 dias antes da viagem.

A vacina está indicada de 9 meses de idade a 60 anos. Em regiões de alto risco, pondera-se vacinar a partir de 6 meses. Idosos acima de 60 anos devem ter liberação médica previamente.

 

4) Quem não deve tomar a vacina?

– Crianças menores de 6 meses;

– Pessoas com história de reações graves em doses anteriores e/ou alergia à proteína do ovo;

– Gestantes (a menos que vivam em regiões onde o risco da doença é muito grande) e lactantes, exceto se houver suspensão da amamentação de bebês menores de 6 meses por 10 dias.

 

5) Após a vacina, as pessoas estão protegidas por quanto tempo?

A Organização Mundial da Saúde recomenda atualmente dose única que confere proteção a longo prazo.

 

6) E a vacina fracionada, irá proteger da mesma forma?

Devido à alta procura, as Secretarias de Saúde Estaduais, alinhadas com o Ministerio da Saúde, optaram por dividir (fracionar) a dose da vacina visando aumentar a cobertura vacinal sem comprometer a eficácia.  Nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, a campanha será realizada a partir de 25 de janeiro de 2018.

Acreditamos que o momento seja de atenção, mas não de pânico.

25 de janeiro de 2018

por Dra. Taiana Cunha Ribeiro

Infectologia. Clínica Vialiv