Informações gerais
O câncer de mama é a neoplasia mais frequente entre as mulheres, excluindo os tumores de pele não melanoma. Estimam-se, para 2018, 2.088.849 de casos novos e 626.679 mortes pela doença, segundo dados da International Agency for Research on Cancer (IARC). O homem também pode ser acometido numa proporção muito menor, representando apenas 1% dos casos.
Para o Brasil, a expectativa é de 59.700 casos novos para cada ano do biênio 2018-2019, com um risco estimado de 56,33 casos a cada 100 mil mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Em relação a idade, é raro antes dos 35 anos. Entretanto, acima desta faixa etária, sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos de idade.
Fatores de risco
Ser mulher e envelhecer todos os dias são os principais fatores de risco.
Fatores ambientais e comportamentais
Fatores da história reprodutiva e hormonal
Fatores genéticos e hereditários
Cerca 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados, com as seguintes orientações: praticar atividade física; alimentar-se de forma saudável; manter o peso corporal adequado; amamentar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas
Rastreamento
Conforme orientações da Sociedade Brasileira de Mastologia, está indicado realizar rastreamento para câncer de mama esporádico (sem associação com forma hereditária):
A ultrassonografia de mama é importante para complementação e não substitui a mamografia.
Já o rastreamento para câncer de mama hereditário (paciente de alto risco), os exames podem ser diferentes e precisam ser discutidos com especialista.
Diagnóstico e estadiamento
O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, na maioria dos casos, por meio dos seguintes sinais e sintomas:
Após a suspeita confirmada por exame de imagem é necessário realizar coleta de amostra de tecido através de biópsias percutâneas:
Após a confirmação pela biópsia, o médico solicitará exames complementares, podendo determinar se a doença está localizada ou se já está em outros órgãos. Os exames podem incluir: Rx de tórax, tomografia, ressonância nuclear magnética, cintilografia óssea, Pet CT.
Tratamento
A base do tratamento é a cirurgia. Poderá ser indicada a retirada total (mastectomia radical) ou parcial da mama (cirurgia conservadora), associado à pesquisa do linfonodo sentinela.
O linfonodo sentinela representa o primeiro linfonodo na axila que recebe a célula tumoral. Sua importância se deve ao fato de poder avaliar se a doença já está acometendo o tecido linfático da axila. Nesta situação, poderá ser indicado a retirada de todo tecido linfático axilar, conhecido como esvaziamento ou linfadenectomia axilar.
A reconstrução da mama pode ser imediata, logo após a retirada do tumor ou realizada em outra oportunidade.
Outras modalidades terapêuticas como quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia, podem ser utilizadas a depender do caso. As indicações, riscos e complicações inerentes a cada procedimento precisam ser debatidas entre equipe médica e paciente.
O seguimento do paciente, com exame clínico e exames complementares, após término do tratamento é contínuo e com intervalos pré-determinados.