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Doenças O que você sabe sobre o Câncer de Bexiga?

No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa de novos casos de Câncer de Bexiga (CB) em 2016 foi de 9.670 casos (sendo 7.200 em homens e 2.470 em mulheres). Em 2013 foram 3.642 mortes (2.542 homens e 1.099 mulheres).

Apesar de poder ocorrer em qualquer idade, a sua incidência aumenta com o envelhecimento, sendo o diagnóstico mais freqüente na 6ª e 7ª décadas de vida.

Na apresentação inicial, cerca de 70% dos casos de CB são diagnosticados como doença “superficial” e ao redor de 25 a 30% dos pacientes já apresentam invasão da parede muscular da bexiga já no momento do diagnóstico.

  • Quais são os fatores de risco para se desenvolver o câncer de bexiga?

Tabagismo (o cigarro aumenta em 5 vezes a chance de desenvolver a doença), exposição ocupacional a produtos químicos, radioterapia pélvica, infecção do trato urinário crônica e uso de alguns tipos específicos de quimioterápicos.

  • Quais são os sintomas do câncer de bexiga?

Hematúria (sangue na urina), microscópica ou macroscópica, indolor e intermitente  é o sintoma e o sinal mais comum em CB, ocorrendo na grande maioria dos pacientes. Sintomas irritativos do trato urinário inferior como polaciúria, urgência e disúria, constituem a segunda apresentação mais freqüente, estando especialmente associados a carcinoma in situ (CIS) ou tumores que invadem a parede da bexiga

DIAGNÓSTICO

Cistoscopia e Ressecção transuretral: O diagnóstico definitivo destas neoplasias é realizado por meio de cistocopia (com introdução de uma câmera através da uretra) com biópsia vesical ou através da ressecção transuretral (RTU).

TRATAMENTO

  • Ressecção Transuretral (RTU): A RTU de bexiga do tumor é o procedimento preconizado para os tumores não invasivos.  Dependendo do estadiamento patológico pode ser complementado com instilação vesical de Onco- BCG ou quimioterapia.
  • Cistectomia Radical (CR):  A CR (compreende a remoção da bexiga e órgãos adjacentes, incluindo a próstata e as vesículas seminais no homem e o útero e anexos na mulher) associada à linfadenectomia (LND) pélvica é o tratamento padrão para o CB invasivo.
  • Radioterapia + Quimioterapia Adjuvante: pode ser indicada para pacientes com CB invasivo que não queiram operar ou não tenham condições clínicas para realizar a CR + LND

– Quimioterapia

A quimioterapia à base de Platina antes (neoadjuvante) e/ou após (adjuvante) a cistectomia radical com linfadenectomia têm proporcionado aumento da sobrevida dos pacientes quando comparada com à cirurgia isoladamente.

16 de dezembro de 2017

por Dr. Gustavo Cuck

Urologia. Clínica Vialiv